domingo, 26 de outubro de 2008

Carcere


Fotographia By Luís Pádua Gonçalves in Olhares.com



"Todos os tempos

Todos os momentos

Todos os sentimentos

Escritos e descritos

Através de um rio de emoções

Cordões que te prendem a uma realidade

Que foge da suposta normalidade

Que te dá uma falsa sensação de estabilidade

Agarras-te

Mas manténs a esperança que alguém te segure

Esperas e desesperas

Até que um dia desistes

Chegas-te a um ponto sem retorno

Na beira de um abismo sem fim

Encontras a tua sombra a pairar sobre ti

Não consegues pensar

Não consegues raciocinar

Mas sabes que tens de mudar

Custa assumir o erro

Custa ser quem és

Olhas para trás

E tudo o que conquistas-te não passa de pura ilusão

Felicidade momentânea

Feitos fugazes

Exacerbados pela tua natureza inflamável

No final das contas

No teu julgamento final

Enquanto réu condenas-te a ti próprio

Caminhas de livre vontade para o teu cárcere

A tua fachada caiu

Estás agora nos bastidores de ti mesmo

E começas a odiar tudo o que és!"

GZ

Lisboa, 26 de Outubro de 2008


"O Farol conhece essa dor mas ilumina ainda mais, na esperança que continue no caminho certo!"

aminhasombra.blogspot.com

1 comentário:

Maria Oliveira disse...

Vivemos num mundo de ilusão...quem defender o contrário...ilude-se!

Gostei do poema.
Abraço